O Jazz na Adoração


Falar em dança no ambiente litúrgico ainda causa certo estranhamento em algumas pessoas.É muito mais fácil associar a dança às coisas do “mundo”, ao profano,do que às coisas de Deus.Esta “facilidade” nos transforma muitas vezes em críticos; ou ainda, em prisioneiros,e impede a manifestação de uma das mais belas formas de expressão: A Dança.O fato é que tal “facilidade” não exclui a existência de uma dança consagrada ao Senhorcomo genuína forma de adoração, portadora de uma palavra profética independente da técnica que esteja sendo usada.
Todas as técnicas foram criadas por Deus “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas...” (Romanos 11:36).Técnica e unção parecem temas contraditórios. Uma fusão aparentemente difícil,que na realidade tornou-se um chavão de que os Catolicos não são capazes de desenvolver qualidade com o compromisso assumido com Deus.
Falar em Jazz, por exemplo, nos impele a uma automática associação com sensualidade.Neste caso pensar nesta técnica de dança como forma de adoração é uma possibilidade muito remota.Entretanto, o Jazz possui inúmeros atributos que fazem desta dança uma técnica importante que auxilia na formação de corpos cada vez mais ecléticos.Corpos que consagrados ao Pai tornam-se instrumentos afinados nas mãos do criador.Infelizmente tais atributos sempre caem no esquecimento, realçando unicamente a idéia de dança sensual.
De acordo com dicionário Aurélio (1999), “técnica” significa a “maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo”.Técnica é sinônimo de conhecimento. Com conhecimento podemos aumentar o nosso vocabulário corporal e dançar de maneira cada vez melhor, não para agradar a homens, mas para oferecer a excelência ao Pai...

É comum ouvir-se falar ainda sobre o movimento dos quadris. Talvez o quadril seja foco de sensualidade principalmente para nós. Mas, antes de mais nada, o quadril é uma das partes que compõem o corpo humano – criação minuciosamente realizada por Deus. A estabilidade e a força da musculatura do quadril são imprescindíveis para que possamos nos manter em pé e andar. Em segundo lugar o problema não está em movimentar o quadril; o problema está na forma como se movimenta esse quadril. Cabe a mim e a você movimentá-lo de maneira santa ou não. Se a questão for sensualidade, qualquer parte do corpo pode ser sensual: os braços, as pernas, a cabeça... Ou até mesmo um simples olhar. O fato é que a sensualidade é o reflexo daquilo que está no interior do homem. Em Lucas 6:45 está escrito: “... a boca fala do que está cheio o coração”. Para os que adoram ao Senhor com danças, o corpo é quem fala! Se o nosso coração for um coração quebrantado, que se enche da Palavra e possui um imenso desejo de adorar ao Pai, seremos canais para que o sobrenatural de Deus se manifeste através de uma dança verdadeiramente profética. Caso contrário seja qual for a dança, independente da técnica, não será adoração. Será espetáculo.
Cremos que o que é realizado no mundo, e pelo mundo, é um produto distorcido daquilo que Deus estabeleceu para mim e para você na Palavra.Mas não podemos nos deixar aprisionar por conceitos ou preconceitos equivocados. Deus nos deu dons. Cabe a nós desenvolvê-los e devolvê-los ao Senhor com qualidade. Ele quer nos encher de Espírito, de habilidade, de inteligência e de conhecimento para que façamos tudo com excelência. Não podemos desperdiçar a ciência que o Pai tem nos ofertado. Portanto, deixemos o corpo ser verdadeiramente templo do Espírito Santo! E que um forte mover nos leve de maneira muito peculiar à presença do Pai.

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